Acupuntura e Alquimia Floral

Baldan, João Carlos * - MTC – Acupuntura e Alquimia Floral, duas poderosas técnicas aliadas ao seu tratamento (2013)

Para você realizar uma viagem de volta a si mesmo e à Visão, com a redescoberta de um mundo mais claro, com cores mais nítidas e contrastes mais bem definidos, a Medicina Tradicional Chinesa MTC – em especial a Acupuntura – indica a avaliação e o tratamento de diversas estruturas energéticas denominadas canais ou meridianos.  Se aliada à Alquimia floral, de modo a atender também as estruturas bioquímicas do organismo, aumentam-se muito os efeitos desejados neste caminho de melhora e recuperação da Visão.

Na Acupuntura há cinco órgãos e vísceras que se interligam energética e fisiologicamente de modo peculiar. Estimulam-se ou sedam-se funções e elementos de acordo com os resultados almejados. Na Alquimia há três substâncias e quatro elementos que necessitam de assepsia e harmonia. Unir a técnica energética com a química e orgânica dá excelentes resultados. Então, aproveite!
A psicossomática é um assunto tão sério para a MTC que há até um capítulo especial sobre ela. Trata-se das chamadas 'Entidades Viscerais'.  Ou seja, entende-se que cada sentimento tem um 'domicílio' e este domicílio faz um par - órgão/víscera - (Yin/Yang) que precisa estar harmônico com os outros órgãos e vísceras, numa complexa interação biológica e energética para se conquistar e manter a saúde.

Desta forma, o fato de se afirmar que o indivíduo precisa 'querer' enxergar melhor não é um absurdo. Ao contrário. Segundo a MTC, há situações em que a pessoa 'decide' não enxergar bem para não ter de enfrentar determinados problemas, sentimentos, traumas, de infância ou da maturidade etc.
Pode-se pensar: 'é melhor fechar meus olhos diante disso do que ter de enfrentar esta situação'. Isto é mais comum do que se pode imaginar e deve ser levado em conta em todo tratamento por acupuntura para os olhos.  Uma vez decidida a enxergar melhor, a pessoa que se submete a um tratamento pela MTC, além do reequilibro energético e orgânico, dispõe-se de uma lista de pontos que podem ser estimulados.

Para a Acupuntura há cinco órgãos e vísceras: Fígado, Coração, Baço-Pâncreas, Pulmão e Rins são órgãos. Vísceras: Vesícula Biliar, Intestino Delgado, Estômago, Intestino Grosso e Bexiga. Todos se integram e se movimentam – energeticamente e em equilíbrio – para a saúde. Em  desequilíbrio  ocorre a doença.
Em se tratando dos olhos e visão, preconiza a MTC, ambos estão ligados ao Fígado,  responsável pelo crescimento, desenvolvimento na criança e distribuição da energia, além da visão e responsabilidade pelos tendões e músculos.
Rapidamente: o Baço metaboliza os nutrientes, o Pulmão absorve a energia da natureza e depura os nutrientes e os Rins metabolizam líquidos e armazenam a energia vital, comandam o cérebro e a medula, coluna vertebral, vias urinárias e genitais.
A abordagem dos elementos para a Acupuntura é muito importante: Madeira (Fígado) gera o Fogo (Coração) que gera a Terra (Baço) que contém em si o Metal (Pulmão) que, se aquecido, vira líquido, Água (Rins). 
Também, em todo tratamento se observa o chamado ciclo de repressão: Madeira esgota a Terra (retira seus nutrientes), Fogo derrete o Metal, Terra esgota a Água (vira barro), o Metal corta a Madeira e a Água apaga o Fogo. E a Acupuntura explica: a saúde é o equilíbrio entre os ciclos de geração e os de repressão geram saúde.

Em todo tratamento de Visão é fundamental avaliar os órgãos ligados à Madeira:
O Órgão: Fígado (Yin) e a Víscera: Vesícula Biliar (Yang) O Fígado e a Vesícula Biliar apresentam características próprias e condições de estímulos e excessos:  a cólera é o sentimento, o sabor é ácido, o alimento é o trigo e a carne de galinha. Ambos são responsáveis pelos músculos, o adorno são as unhas e os pêlos, a fruta é a ameixa. E os orifícios são os Olhos e o Grito é a sua expressão.

O Fígado e a Vesícula Biliar estão associados à Raiva. Pouca raiva é responsável por um Fígado que apresenta hipofunção. Muita Raiva indica um Fígado hiper funcional. Como ensina a antiga tradição taoísta, a base da MTC e da Acupuntura, o caminho do meio é o ideal. Nem raiva demais, nem de menos. Sentir Raiva na hora dela, não sentir Raiva fora da hora dela. Portanto, pouca Raiva tonifica e muita Raiva envenena.

Em se tratando de Alquimia tradicional, seu tratamento pode ser ampliado. Saiba que por esta abordagem levam-se em conta três substâncias: Sulphur, Sal e Mercurius, bem como os miasmas – que são lixos tóxicos – que se forem acumulados (e geralmente o são) afetam órgãos e sistemas que acabam por gerar a doença.

Problemas na visão indicam miasmas em Mercurius. E daí pode-se depreender que eles ocorrem em pessoas que pensam muito, preocupam-se demais, estudam muito, são racionais etc.
Além disso, a Alquimia também trabalha com os quatro elementos: Fogo, Terra, Água e Ar. Problemas de visão indicam, a priori, falta ou carência dos elementos Fogo e Terra e – possivelmente, e em escalas variáveis de paciente para paciente – de excessos ou contaminação dos elementos Água e Ar.

Como na Acupuntura, também na Alquimia se consideram os movimentos dos elementos e, igualmente, indica-se a harmonia e o equilíbrio entre eles para a saúde, inclusive dos olhos e visão. Desta forma, ao unir a Acupuntura (energética) e a Alquimia (química) pode-se trabalhar de forma muito mais ampla e abrangente de modo a se obter melhores resultados no tratamento de qualquer patologia, inclusive os da Visão.
João Carlos Baldan é acupunturista pela Associação Brasileira de Acupuntura – ABA, pós-graduado em Acupuntura, Psicopatologista pela USP e terapeuta floral Joel Aleixo.

* www.salutis-jcbaldan.blogspot.com.br