Sol, inimigo perigoso!


Lakeland, Sylvia - Sol, este inimigo perigoso!

 De 1992 até 2003 fui perdendo a visão e, entre outros fatores, a evolução das cataratas foi dramática nos meus dois olhos. Em 2003 eu tinha menos de 5% de visão. Seguindo a orientação de Meir Schneider, que acreditou totalmente que eu podia recuperar a minha visão, um fato importante era fortalecer a estrutura neuro-muscular dos meus olhos, sobretudo a retina.  Para isto um dos instrumentos naturais é o sol.
Uma das mais importantes decobertas que fiz foi, a partir do Metodo Meir Schneider, a importância do sol e mais, que uma das dez camadas da retina é de melanina, pigmento que escurece a luz e protege os olhos do excesso de sol.

 

   
Na minha experiência pessoal de tomar sol uma hora por dia durante três anos de exercícios diários, indiscutivelmente cada nascer do sol e por do sol tornaram-se relevantes no desenvolvimento da minha retina, no relaxamento muscular dos meus olhos e do meu corpo. Considero que tomar sol nos meus olhos (sempre fechados, claro!) é fundamental para o desenvolvimento dos olhos e não só. O corpo precisa de sol e a cada dia que passamos nós somos cada vez mais envolvidos por recomendações sempre dramáticas e falsamente assustadoras dos danos que o sol pode causar. É claro que tão importante quanto filtrar os excessos do “inimigo perigoso sol”, é importante tomar sol na sua adequada dimensão, sem exageros! E assim, até hoje, passados dez anos da minha total recuperação da visão, tomar sol nos olhos diariamente é um hábito que não vou mais perder!

Fotofobia e sua consequencias

Há 20 anos, ao sair de casa era sempre de óculos escuros, em dias ensolarados e mesmo nos mais chuvosos. Eram fortemente graduados para uma alta miopia com lentes que ficavam claras em ambiente escuro e que escureciam no sol. Portanto eu nunca tirava os óculos! Os óculos escuros, com ou sem lentes com grau, enfraquecem as pupilas e assim eu tinha uma fortíssima fotofobia, ou seja, sem a proteção dos óculos e de um chapéu, eu nem conseguia abrir os olhos ou desenvolver qualquer atividade normal. Semicerrava os olhos no sol, com dor. Sem falar dos olhos secos o tempo todo! (leia o artigo sobre os Olhos Secos) Quantos dos meus leitores agora, lendo este texto, não estão na mesma situação?

  
Os nossos olhos foram feitos para ter o seu melhor desempenho quando expostos a uma amplitude total de luz e escuridão”, confirma Meir Schneider no seu novo livro “Saude visual por toda a vida”.

Ao longo dos primeiros três anos, com uma dose diária de uma hora de sol, eu fui abandonando os óculos escuros e em 2003, com uma retina em excelentes condições embora com um buraco macular, eu recuperei a minha visão totalmente e nunca mais usei óculos escuros.

Começo meu dia, todos os dias, cuidando dos meus olhos com o exercício do ensolar, ao ar livre: junto a uma janela aberta, no jardim, terraço, praia ou mesmo junto a uma rua tranquila, expondo o meu corpo plenamente à luz do sol. Durante o dia acho sempre mais 5 minutos para refazer este exercício: no intervalo de uma aula ou sessão individual, logo após o almoço, após ou um pouco antes de entrar na academia, após leituras no computador, no tablet ou no celular. 

 Além de fazer alguns exercícios corporais e alongamentos, o exercício do ensolar (sunning) vai cuidar com muita eficácia das nossas pupilas, esfíncteres que precisam estar flexíveis à luz do sol. Ensolar é mesmo uma musculação das pupilas e na medida em que conseguimos tornar mais sensíveis as pupilas e fixar melhor a quantidade de luz que entra nos olhos, vamos    reduzir a irritante fotofobia além de conseguirmos mais nitidez na visão de tudo que nos cerca.

 

Fotofobia e a luz natural: claro e escuro

Vamos começar por tomar consciencia dos seguintes dados:

  1. É de importância vital a luz natural do sol e da escuridão total para o bom funcionamento dos olhos e da visão. 
  2. Os olhos tem uma estrutura que permite alcançar o seu melhor desempenho, ao ar livre no sol total (pupilas fechadas) e na escuridão (pupilas dilatadas).
  3. Os olhos aceitam e estão preparados para reagir de imediato a oscilações de luz, claridade e escuridão. Tem também a proteção da camada de melanina no fundo da retina. 
  4. Se ficarmos muito tempo em ambientes fechados, mal arejados, com luz fraca, ou artificial, as pupilas ficam dilatadas por tempo demais e sentimos os olhos dolorosos, pois também os músculos ao redor dos olhos tensionam, o ato de piscar fica difícil e a visão fica ainda mais reduzida.
  5. Os óculos escuros oferecem um alívio provisório, limitado, pois, assim como uma muleta, só ajudam a piorar a condição natural dos olhos, povocando uma hipersensibilidade à luz forte. Há uma redução da habilidade das pupilas funcionarem bem. Uma alternativa são os óculos perfurados (pinholes).
  6. Com fotofobia procuramos evitar a luz forte e, ao fugir do impacto da luz, nos encondemos ainda mais em ambientes escuros, sombrios além de piscarmos mais irregularmente, de forma mesmo assustada.

Passos para eliminar a sua fotofobia

Se tiver consciência da sua condição de fotofobia nos olhos já é uma excelente primeira etapa e será importante seguir cada passo de forma intensiva, até sentir melhoras importantes. Na sequência reduzirá o uso dos óculos escuros até eliminá-los de vez. Será o retorno a uma visão saudável, com maior relaxamento do stress e menos insonia. Alegria, harmonia e paz.

  
Será importante passar por uma sessão individual para avaliação de suas condições - corporal e emocional, e preparação de um programa especial de trabalho para começar a cuidar dos seus olhos. Em caso de desconforto excessivo, não deixe de fazer um controle no seu oftalmologista. Desde já, o Programa será adequado à realidade de cada um, em princípio nesta sequencia de passos:

  1. Praticar duas vezes por dia os exercícios de visão orientados no meu CD Exercicios para uma Visão Clara. Uma vez de dia, no claro e uma vez num local no escuro total.
  2. Praticar pelo menos uma vez por dia os Exercícios de Postura para uma visão clara, indicados no respetivo CD.
  3. Respiração: durante os exercícios, lembrar-se de respirar sempre de forma lenta e profunda, inalando e exalando pelo nariz. Ao inspirar, expandir o abdomen, encolhendo-o na expiração. Não exagerar, sentir calma e relaxamento a cada respiração.
  4. Piscar (blinking): dedicar algum tempo para sentar-se com tranquilidade em algum lugar agradável, no início em ambiente escuro, e começar a piscar com consciência, usando um tapa-olho: abrir e fechar cada olho separadamente, controlando o movimento, observando suas sensações. Em seguida o mesmo exercicio movendo a cabeça de um lado para o outro e prestar atenção no que enxerga. Para outros detalhes, seguir as instruções no livreto Saúde dos Olhos-Autocura. Quando melhorar o piscar no escuro, faça o mesmo em ambientes mais claros, até sentir-se confortável na claridade total, ao ar livre em dia de sol.  
  5. Empalmar (palming): na segunda faixa dos dois CDs mencionados acima há um completo acompanhamento do empalmar, vital para relaxar os olhos, o corpo e as tensões mentais. É o melhor caminho para complementar a melhora da fotofobia.
  6. Certamente surgirão inumeras dúvidas e questões individuais a resolver. Não hesite em nos contatar para ajudarmos, mesmo a distância, a cuidar de seus olhos.

Hoje minha visão é total, nunca mais tive fotofobia e posso me alegrar, pois são dez anos de Visão Clara, Sempre! Sylvia